PARTICIPO DE UMA LISTA DE FISIOTERAPIA NA INTERNET E COMO NO MOMENTO ESTAMOS MOBILIZADOS CONTRA O ATO MÉDICO, ACHEI QUE ESTÁ POSTAGEM SERIA DE IMENSO VALOR A TODOS DO COLEGA DR. RIVALDO NOVAES E QUE INICIALMENTE GOSTARIA DE DEIXAR AQUI MEUS PARABÉNS PELA GRANDE INICIATIVA.
De: Dr. Rivaldo Novaes
Data: 08/11/2009 14:50:24
Silvestre e demais colegas da ABENFISIO e da lista "EFisio"Estive na sexta-feira, dia 06, no Anhembi em SP. Era um ato político do 12.º congresso do PCdoB e Lula alterou sua agenda para comparecer, saindo antes do planejado da Inglaterra. Fui com o Tony, o responsável por SP pela mobilização de 25 de novembro em Brasília, pois pretendíamos tratar dos dois assuntos com o presidente, caso ele estivesse disponível para os presentes.A segurança da presidência da República, no entanto, não permitiu a informalidade desejada. Ele entrou das coxias para a mesa instalada no palco e havia barreira entre quem estava no público e o palco. Pensamos, então, em esperar o pronunciamento dele colados ao púlpito, na oportunidade de berrar algo para ele se referir ao tema. Sabia-se lá qual seria o roteiro desse contato de improviso, quem procura oportunidades tem que criá-las...Foram 3 horas de espera e, finalmente, às 10 e meia da noite chegou a vez do discurso dele, nós dois no gargarejo esperando uma deixa. Achávamos que, ao terminar, o chamaríamos aos berros, mas a galera começou a gritar o nome dele e não fomos ouvidos. Daí, ele foi conduzido para os cumprimentos com o pessoal da Mesa e estava de saída por onde tinha entrado.Achávamos que tínhamos dado com os burros n´água, quando Lula quebra o protocolo e vai ao encontro de congressistas à beira do outro lado do palco. Quando o Tony percebeu, eu já estava de costas e me virei quando me avisou. Corri imediatamente em direção ao presidente e berrei: "LULA, NÃO AO ATO MÉDICO". Ele interrompeu os cumprimentos aos outros e se dirigiu a mim. Agachou e pegou em meus braços, equilibrando-se em mim e me olhando frente a frente. Aproveitei a deixa e disse a ele que o ato médico precisaria tramitar sem pressa no Senado, permitindo que se buscasse o consenso entre as profissões e que seria o melhor para o SUS e para o Brasil, sem a urgência urgentíssima da Câmara. Ele ouviu atentamente e falou que ficou impressionado com as manifestações contra o ato médico que presenciou, a quantidade de gente que se posicionava contra o projeto e que isso precisaria de maior atenção. Eu falei de novo "ATO MÉDICO SEM PRESSA NO SENADO" e um monte de gente se atracou com ele, desprendendo-o dos meus braços.Depois disso, encontrei com o pessoal da UEE-SP e eles falaram que se posicionaram contra o ato médico. Falei também com um assessor do ministro Orlando Silva e ele disse que o Governo tinha votado a favor na Câmara dos Deputados (eu subentendi que seriam o PT e o PMDB). Porém, se Lula queria repensar esse apoio, que deveriam ser procuradas COM URGÊNCIA as lideranças dos partidos que são base no Governo no Senado. Indicou o senador pelo Ceará que é do PCdoB, o Inácio Arruda, mas estava lá no palco, inacessível. Então deu a dica de ser procurado: ou no Ceará, ou em Brasília, no seu gabinete AINDA NESSA SEMANA.Fui procurar a deputada pelo RS Manuela, que já tinha visto antes no plenário num setor especial, mas não estava mais lá, e Alice Portugal Gouveia, não sabia se estava presente, pois não a conhecia pessoalmente para reconhecê-la entre o público.Pelo longo discurso do Lula no evento, em que mostrou ter conquistado vitórias na vida dele em situações adversas, eu depreendo alguma identificação com os profissionais de saúde, em disputa com o poder constituído da Medicina. Portanto, colegas do país, MÃOS À OBRA !! As entidades devem procurar as lideranças da base no Senado para criar uma ponte, junto com deputados que votaram conosco na Câmara, para que o presidente indique uma tramitação normal, ao invés da manobra de triste lembrança na Câmara. E as manifestações aonde Lula e o ministro da saúde estiverem PRECISAM CONTINUAR para que não saia da pauta do gabinete da Presidência.Abraços e vamos a luta, pois autonomia não se vende nem se entrega, FISIOTERAPIA não se rende!Rivaldo Novaes08/11/09
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